segunda-feira, 4 de junho de 2012

PARCERIAS GARANTEM TRABALHO PARA APENADOS DA COLÔNIA PENAL AGRÍCOLA EM CHARQUEADAS

          A Susepe celebrou, nesta quinta-feira (31), na sede da Colônia Penal Agrícola (CPA) Daltro Filho, em Charqueadas Protocolos de Ação Conjunta (PACs) que devem garantir mais de 60 oportunidades de trabalho para apenados da instituição. Com este acréscimo, serão mais de 100 presos trabalhando no estabelecimento prisional.

         Na próximas semanas, outra empresa deve iniciar a construção de sua área de produção para gerar mais 30 vagas de trabalho. As novas oportuinidades vão garantir mão de obra de presos para empresas de marcenaria, de móveis e estofados, de telhas e tijolos de concreto, de pufes e colchões. Os apenados vão trabalhar nas estruturas construídas, por eles mesmos, para abrigar as linhas de montagens das empresas. Os empresários estimam um investimento de mais de R$ 2 milhões nas instalações de suas fábricas junto à CPA.
          Oportunidades e parcerias
         Durante a apresentação das empresas e dos projetos, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, agradeceu as parcerias firmadas. "Uma das formas de colaborar para o sistema penitenciário é a oportunidade de trabalho e renda aos apenados. E aqui nós temos hoje um ato humanitário, de justiça, de políticas sociais extremamente importantes. Estas iniciativas visam a proporcionar uma ocupação e uma qualificação para os apenados, que precisam deste incentivo", comentou.

         O superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, salientou a importância de parcerias para proporcionar oportunidades de trabalho e renda aos apenados. "Só temos a agradecer a estes empresários que apostaram que é possível mudar uma realidade com o trabalho. Acreditaram, acima de tudo, no ser humano. O sistema penitenciário não funciona sem o envolvimento da sociedade. As soluções, muitas vezes, estão do lado de fora. As pessoas que estão recolhidas, vão retornar ao convívio e nós devemos oportunizar com que elas saiam melhores", afirma.
 
          Exemplo e experiência
 
          Um dos primeiros PACs realizados na Colônia Penal surgiu da experiência de Adriano Medeiros, que passou pelo Presídio de São Jerônimo e, atualmente, cumpre pena em regime domiciliar. Ele conta que a motivação veio por não ter conseguido a mesma oportunidade e pela vontade de ajudar quem quer se melhorar. "Muitos só precisam de uma chance. Meu desejo é colocar os presos a trabalhar, porque, se eu não voltasse a trabalhar, eu poderia ter tido um destino diferente. Durante seis anos, vi pessoas que precisavam ter o que fazer e eu quero colaborar para que isso se torne realidade", relatou. A empresa comemora os resultados com a venda das peças para grandes redes de lojas.
 
Texto: Tiago Dias
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

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