(fonte: http://www.diariodamanha.com/noticias.asp?a=view&id=32529)
Mais de 800 jovens participam do programa que previne o uso de drogas e a violência neste primeiro semestre, atividades incluem oficinas e estratégias defensivas em oito escolas municipais, número que será maior na segunda metade do ano, com a formação de mais 30 instrutores
Empolgação e uma grande interação dos adolescentes marcam as aulas ministradas pelos policiais do 3º Regimento da Brigada Militar de Passo Fundo, que trabalham ações de prevenção do Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (PROERD). Ao todo, 810 jovens são assistidos pelo programa, que atua em 29 turmas de 5ª e 7ª séries de oito escolas do município, que estão em atividade desde o início do ano letivo e seguem com a proposta até a metade do ano. Para o segundo semestre, está previsto um aumento considerável no alcance do PROERD, isso devido ao aumento de mais 30 novos instrutores que farão o curso no 3º RPMon de 13 a 24 de agosto.
A execução do programa nas escolas é feita pelos policiais Lúcio Alebrant, Daniela Pimentel e Ana Regina Pimentel. Conforme Alebrant, o PROERD é trabalhado em 55 países. “Em Passo Fundo está há quase 13 anos e, brincando, já tendemos mais de 40 mil jovens de 5ª e 7ª séries e educação infantil, além de palestras para pais, entidades e empresas”, comenta ele, considerando os resultados impressionantes. “Posso estar num supermercado, no final de semana e encontro pais que vem dizer que os filhos mudaram”, lembra Alebrant.
Ferramenta para cidadania
Durante o semestre, o trabalho é realizado por uma hora semanal em cada turma onde são abordadas temáticas como tipos de drogas, como se prevenir, o que elas proporcionam e as perdas que causam, além de autoestima, as bases da amizade e um modelo de tomada de decisão. As oito escolas contempladas neste semestre de ações estão localizadas nos espaços que tem o trabalho do Territórios da Paz, além do bairro São Luiz Gonzaga.
Nas atividades executadas no ambiente escolar, os instrutores utilizam recursos didáticos em aulas multimídias, com livro, canções e aulas em forma de teatro, encenada pelos próprios alunos. Para este semestre uma inovação trouxe um novo público para as ações do PROERD, os pais dos alunos que participam do programa, que após o encerramento das atividades com seus filhos, tem cinco encontros em forma de palestras. “Conseguimos alcançar os pais e adentrar nas famílias, não adianta trabalhar o aluno e não chegar na família, que às vezes é restrita. Com isso, queremos levar um trabalho completo”, afirma Alebrant, observando que também em 2012 está sendo trabalhado um novo currículo com as turmas de 7ª séries e que a aprovação dos alunos está sendo excelente.
Novos instrutores
De acordo com o Capitão Eriberto Branco, subcomandante da Brigada Militar, o trabalho do órgão é preservar a ordem e, para isso, o programa é uma ferramenta trabalhada dentro das escolas. Para atender mais escolas , um curso será promovido para 30 novos integrantes que vão trabalhar em toda a região.
“Com isso, vamos aumentar a atuação, o número de escolas e alunos, o que proporcionar uma grande melhoria no programa”, frisa ele, pontuando que os integrantes já foram selecionados. “Tem que ter perfil para tratar com as crianças. A partir de agosto, teremos 30 novos integrantes formados e trabalhando.”, justifica. A coordenação regional do programa é feita pelo major Ricardo.
A batalha
Um estudo feito por um Coronel da Brigada Militar, a nível de Estado, apontou que menos de 1% dos alunos que participaram do PROERD passaram pela polícia ou tiveram envolvimento com drogas ou violência. “Nessa batalha estamos sendo vencedores, claro que oferecemos para eles a informação e um livrinho de atividade e na rua recebem dinheiro, presente, alimento e muitas vezes é o que está faltando na mesa deles. A batalha é desproporcional, mas não vamos fraquejar”, declara Alebrant.
O resultado é visível nas escolas e o instrutor do PROERD conta que as professoras das escolas atendidas comentam que muitas das turmas trabalhadas mudaram consideravelmente. “As professoras passam perto da porta e observam como eles estão focados na nossa aula, coisa que elas não conseguiam”, afirma ele.
O soldado avalia que na primeira aula, tudo é novidade. “Eles acham o máximo, perguntam sobre a arma, pois trabalhamos de farda, como se tivesse atendendo ocorrência. Depois começam assimilar a matéria e temos um currículo a ser seguido. Quando vai chegando ao final já pergunta quando vai ter de novo”, comenta ele, observando que o programa é uma ferramenta para auxiliar o policiamento ostensivo e eles fazem este trabalho dentro da sala de aula. “Tudo o que trabalhamos só é possível graças ao apoio da escola, das famílias, da comunidade e do comando, aos quais temos muito a agradecer”, destaca Alebrant, pontuando a necessidade do apoio das comunidades, líderes e pais.
Abrangência:
810 alunos
29 turmas de 5ª e 7ª séries
8 escolas do município
30 novos instrutores no segundo semestre
Escolas atendidas pelo Proerd:
Fredolino Schimango – 3 turmas, 75 alunos
Nossa Senhora Aparecida – 1 turma, 25 alunos
Irmã Maria Catarina – 4 turmas, 85 alunos
Padre José de Anchieta – 2 turmas, 65 alunos
Diógenes Martins Pinto – 1 turma, 25 alunos
São Luiz Gonzaga – 9 turmas, 270 alunos
Etelvina Rocha Duro – 4 turmas, 115 alunos
Guaraci Barroso Marinho – 5 turmas, 150 alunos
“Nessa batalha estamos sendo vencedores, claro que oferecemos para eles a informação e um livrinho de atividade e na rua recebem dinheiro, presente, alimento e muitas vezes é o que está faltando na mesa deles. A batalha é desproporcional, mas não vamos fraquejar” Lúcio Alebrant
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