“Reeleição é tema polêmico no meio político, pois normalmente os reeleitos são acusados de utilizar a máquina pública durante as campanhas, também é fato que uma reeleição significa a aprovação da população atingida pela política do mandatário do cargo. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama conseguiu mais um mandato à frente de uma das nações mais importantes do planeta, mas com uma estreita margem de vantagem sobre o candidato derrotado, ou seja, foi uma vitória apertada, como se diz no jargão político. Mas qual foi o maior trunfo de Obama? Foi mexer na Previdência, inserir no contexto os grupos vulneráveis, falar do casamento homossexual, enfim, mudar a visão dos americanos nos assuntos tabus, mostrar a novidade de assuntos polêmicos. No âmbito internacional foi manter uma política de diálogo, de busca da conciliação dos interesses das nações, mantendo as posições de interesse do país, sem, no entanto, radicalizar, cedendo quando necessário,ouvindo os outros países, numa postura de não enfrentamento. Tomou decisões polêmicas, mas necessárias, afinal decidir é um ato que não permite a dúvida ou o retrocesso, tomada a decisão, manter, pois senão o mandatário perde a credibilidade perante a opinião pública. Quantos exemplos temos de políticos que uma hora dizem uma coisa e, logo em seguida, desdizem. O presidente Obama é um bom exemplo a ser seguido por políticos de qualquer nação. Articulado, com um discurso sereno, com decisões equilibradas, sem o calor da emoção, buscando a conciliação dos interesses públicos e privados, numa demonstração de grandeza ao ceder quando preciso e manter-se firme quando necessário. Seria importante se nossos políticos olhassem com cuidado o que fez Obama conseguir sua reeleição, pois há poucos meses tivemos eleições para a esfera municipal,onde a maioria dos candidatos não conseguiu manter-se nos cargos, talvez por não entender que o povo reelege quem mostra serviço em quatro anos e não somente nos meses da campanha. Barack Obama tomou medidas polêmicas, enfrentou crises econômicas, debateu com adversários, beneficiando as minorias e os excluídos, mesmo desagradando à elite econômica. E por aqui muitos de nossos políticos teimam em defender os interesses particulares em detrimento da vontade pública, enquanto Obama procura entender o que quer a maioria da nação americana”.
(OPINIÃO artigo assinado pelo tenente-coronel BM Paulo Cesar Franquilin Pereira) página 2 CORREIO DO POVO 26/01/2013
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