Foi inaugurado ontem, 7 de fevereiro no Mercado Público de Porto Alegre, mais um registro da memória do negro em Porto Alegre. O terceiro marco do Museu de Percurso do Negro de Porto Alegre: o “Bará do Mercado” compõe o conjunto de projeto que busca visibilizar a comunidade negra com a construção de obras de arte em espaços da cidade.
Estive na solenidade na condição de assessor da Coordenação de Culturas Populares – Diretoria de Cidadania e Diversidade Cultural da Secretaria de Estado da Cultural. As atividades culturais ganharam dimensões em todas as suas vertentes: religiosa e artística numa celebração de todo o ativismo do movimento social negro.
COLABORADORES DO PROJETO: Briane Bicca, Iosvaldyr Bittencourt, Pedro Rubens Vargas, Dóris Saraiva de Oliveira, Luis Merino, Gustavo Sala, Adriana Xaplin, Kin Viana, Vilmar, Mãe Angélica, Miriam Chagas, Ana Lúcia, Carlinhos do Areal, Ana Paula Dias, Leonardo Posenato, Isabel Maurmann, Alex do Areal (Coração), Lisete Bertotto, Bete, Maria Cristina dos Santos, Evandoir Santos, Ana Charão e Luís Antônio Bolcato Custódio.
SOBRE O MARCO DO BARÁ DO MERCADO: “O Mercado Público faz parte dos “caminhos invisíveis dos negros em Porto Alegre”, e sua importância deve-se a preservação e culto ao Orixá Bará Agelu Olodiá assentado no centro do prédio. O Bará é, dentro do panteão africano, a entidade que abre os bons caminhos, o guardião das casas e da cidade, e representa o trabalho e a fartura. Os religiosos de matriz africana e frequentadores acreditam na força do axé do orixá, que garantiu a sobrevivência e a prosperidade do mercado ao longo de seus 244 anos, dando fartura aos transeuntes que passam no local e fazem seus pedidos. Os africanistas e simpatizantes, ao fazerem seus pedidos de abertura dos caminhos na terra para a fartura de comida na mesa e de prosperidade na vida ao Bará, jogam sete moedas, como certos da sua proteção. Com o passar do tempo, somam-se os testemunhos de pessoas que agradecem pelo pedido alcançado ao Bará do Mercado Público. O Orixá Bará é reverenciado por toda a comunidade de matriz africana no Estado”.
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