Em praias e balneários lotados, a figura feminina se destaca não só pela beleza, mas, de um modo especial, pela competência. Responsável pelo resgate dos afogados, com força de vontade elas vencem um rigoroso treinamento físico e psicológico e trabalham com bravura para salvar vidas durante o veraneio.
Aos 24 anos, a soldado Carla Avozini atua pela segunda vez como salva- vida e é uma das 14 profissionais do mar. Moradora de Santa Maria, durante o verão, Carla praticamente se muda de mala e cuia para a guarita 134 de Imbé onde cuida cada detalhe do mar e de quem está ao redor das águas.
“Sempre gostei de nadar. Fiz o curso para essa função e consegui a vaga. Sou a salva-vidas mais jovem desta temporada. Como há poucas mulheres no efetivo da Brigada Militar, isso se reflete também na equipe da Operação Golfinho. Somos poucas, mas fazemos um belo trabalho”, explica. Estudante de pós-graduação em Enfermagem, Carla diz não sofrer qualquer preconceito ou assédio por ser mulher. Segundo ela, o importante é estar atento às necessidades do veranista e ajudar a evitar o pior. “Na hora de agir, não importa se é homem ou mulher, não tem essa de sexo frágil. É necessário ter condições para realizar o salvamento. Em dias calmos, efetuamos, no mínimo cinco resgates. E esse número aumenta muito em feriados, como o final do ano. Não tem preço salvar uma vida das águas”, diz a soldado, ao destacar que na última temporada 2.179 vidas foram salvas. Amante do trabalho, Carla dá três dicas básicas sobre como o banhista deve se comportar para evitar os perigos do mar. “Sempre tomar banho em frente à guarita do salva-vidas”, aconselha. Ela ainda adverte que é bom respeitar o que diz um velho dito popular, mas muito oportuno: “Água no umbigo: sinal de perigo”. “Jamais entrem no mar após ter ingerido bebida alcoólica”, ressalta.
Fonte: Correio do Povo
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