Crianças são ótimos multiplicadores das ações preventivas Crédito: FABIANO DO AMARAL |
O projeto Salva-vidas Mirim é desenvolvido pela Brigada Militar há 14 anos em todo o litoral gaúcho. Durante esse tempo, o programa internacionalizou-se e hoje é aplicado também nas praias de Portugal.
Em 2007, o projeto se tornou conhecido das autoridades lusitanas durante uma conferência mundial de salvamento aquático, realizada no país europeu. A impressão foi tão positiva sobre a iniciativa, que autoridades da Marinha lusitana estiveram no Litoral Norte para ver de perto a sua aplicação. O resultado não poderia ser outro: os europeus se entusiasmaram tanto que decidiram "importar" o programa da Brigada Militar. A criança é uma multiplicadora, influenciando pais, tios, primos e colegas. Este é o ponto do Salva-Vidas Mirim. Ela conta o que apendeu e cobra uma atitude mais segura dos parentes.
Em Portugal, os salva-vidas são civis e pagos por concessionários - bares ou hotéis, por exemplo -, porém, a fiscalização é feita pela Marinha daquele país. Após a apresentação na conferência, onde foi mostrado um vídeo, os portugueses vieram ao Rio Grande do Sul. Eles gostaram muito da maquete feita na areia, para mostrar às crianças a topografia do mar. Os portugueses consideraram a forma de ensinar, muito boa. Uma forma divertida, que prende a atenção das crianças, além de que dessa forma os alunos gravam muito mais os ensinamentos. Outras praias brasileiras também foram visitadas pela equipa da Marinha portuguesa.
Os representantes lusitanos consideraram positivo o projeto desenvolvido no Estado e, no mesmo ano, começaram com o Salva-Vidas Mirim na Europa. Inclusive, os outros projetos sociais da Brigada Militar, como o Salva-Vidas Master e o Surf Salva, ambos também têm como mote a prevenção aos afogamentos, e foram levados para Lisboa para multiplicação das ações. O boné feito para o Salva-Vidas Master e a malha das camisetas dos salva-vidas da Operação Golfinho também foram incorporadas ao uniforme dos portugueses. Até então, a atuação dos salva-vidas em Portugal era mais operacional do que preventiva, o que começou a mudar após a apresentação dos programas da Brigada Militar e os resultados são positivos.